Se queres com Deus plena sintonia vivendo à luz augusta da verdade, elege a Boa Nova por teu guia nas sendas da ideal fraternidade.   Aviva os sentimentos e cultua os amigos celestes luminosos, a fonte de água límpida que estua no campo dos alvitres piedosos.   Verás, então, vitais mananciais a derramar a linfa, sempre mais, consolando teus dias mais aflitos.   E de Deus serás fúlgido instrumento ressoando o divino pensamento em conúbio nos tempos infinitos. Soneto de José Ma

Vives, na porta larga, os acalantos da ninfa em doce canto enfeitiçado, as volúpias quiméricas, encantos e prazeres de um mundo açucarado.   À porta estreita vives paul lodoso drenado com coragem incansável a transmutar-se em campo primoroso ao labor glorioso e inolvidável.   Foge das portas largas do egoísmo, trilhas doces que arrastam ao abismo do orgulho, da vaidade e da aflição.   Trabalha, ama e porfia na ventura de uma vida de paz e de ternura e cedo, à porta estreita,

Fascículo de luz por Deus criado, centelha que se move à perfeição, de fera vamos a anjo sublimado, das trevas para as luzes da razão.   Por isso, da verdade faz teu hino, do dever o teu mestre nesta vida, doma as paixões e fulge cristalino de alma livre, entre glórias, redimida.   Somos luz em estado de latência no despertar da própria consciência como ser lucigênito e divino.   Que brilhe, então, a tua luz sublime e os corações carentes ilumine com a pureza da alma de um me

Os milagres sublimes dos plantios resplandecem na flora semeada, na chuva que cai, mansa, nos estios, e dão vida às sementes na jornada.   Campos foram lavrados com o arado e, nos silos vazios, há um lugar ao grão da vez, outrora reservado, que mãos benditas hão de semear.   Todos vivemos ciclos soberanos de glórias, de perdas e de enganos ao influxo da luz do Pai Eterno.   Mas só temos o fruto da esperança cultivando o fermento da mudança e nos fazendo pão do amor fraterno.

Árvores desfolhadas pelos ventos com copas desbotadas e vencidas enfeitam estes dias mais cinzentos das folhas outonais inda cativas.   A...

Continuo a te amar como jamais pensei pudesse amar um outro ser, desvelando alma e corpo, ritos, ais, e nunca, nem em sonhos, te esquecer.   Sou teu refúgio, amigo e escolhido, e serei, desde sempre, teu amante; e nas horas escuras e ferido procuro teu regaço confortante.   Nesta vida não há o que nos impeça de seguir encenando a nossa peça – Romeu e Julieta em novas cores.   Na romântica história que vivemos nossas armas são âncoras e remos do barco que guiamos - sonhadores

Sopram ventos cortantes e gelados e o mate quente aquece os viajantes, mas no frio as crianças, pelos prados, de cabra-cega brincam como...

Sinto teu frescor na alma e, feliz, penso desafiar o tempo em novas juras , arrebatar teu grito e amar sem senso à chama iconoclasta das loucuras.   Tão cedo te encontrei e ainda vives nos poemas guardados em rabiscos dos jovens sonhadores, os ourives dos versos entre as pétalas de hibiscos.   Trazes na alma a pureza imaculada como o frescor da peça inacabada, a obra-prima que nunca há de terminar.   Como é bela a inocente incompletude se cultivas o amor pela virtude e transf

Na infância tenras flores perfumadas recheavam de cores cada dia, eram irmãos – personas camufladas – que a alegria infantil reconcilia.   Mas nas horas amargas e sombrias a mãe pedia em prece comovida proteção ante as justas agonias e uma fé confiante e destemida.   Ferros à brasa os leitos aqueciam, dez crianças brincando adormeciam ao bel som de cantigas de ninar.   A vivência dos simples nos bastava e a humildade do amor nos ensinava a alegria de um novo começar. Soneto d

Nas manhãs orvalhadas me levanto e vejo o sol dourar as quaresmeiras; sou cuidador humilde do adro santo e o roceiro que poda as trepadeiras.   Na vinha do senhor também trabalho segando o velho joio que adubei no coração rebelde, ainda falho, carpindo os tristes vícios que plantei.   No céu enluarado que se exalta vejo acender as luzes da ribalta no teatro das noites cintilantes.   E nos jardins da Voz Interior a musa desabrocha nova flor em signo de verdades fulgurantes. So

Sonho ver declamado em catedrais refletindo os meus versos como sóis na palheta de rimas dos vitrais, o Van Gogh magistral dos girassóis.   Procuro, então, meus versos inspirar na mágica pintura que fazia, campos floridos, céus, a recriar seu mundo sublimado de estesia.   A alma do artista foge à vã razão, pois extrai a verdade da ilusão vestindo de beleza cada verso.   E vive em cada sonho um novo dia dourando os girassóis de poesia a ressoar a luz pelo universo. Soneto de J

A massa levedada de esperança que ofertas, sem alarde, ao viajor te credita ao amor e segurança no cadinho de provas e de dor.   Mantenha o coração puro e atento, à mercê da divina providência, pois os dons do Senhor são alimento e socorro nos dias de carência.   Verás assim crescer o amor ingente que o sopro da fé viva reacende levando nova vida às vinhas mortas.   E, nas celestiais luzes da aurora, o sol do amor a lágrima devora, e ampara os padecentes de almas tortas. Sone

Descobri meus sagrados relicários, os álbuns dos recreios ancestrais das crianças brincando de corsários na cadência de ingênuos ideais.   Foram tempos de pura poesia coroados de amigos e cantigas, repartindo a merenda que trazia e os combates ferozes às formigas.   A magia e inocência da infância ressoa, a voz suave, na fragrância das estações de doce fantasia.   Nasceu, assim, o gosto do saber, somando horas felizes de prazer ao reinado amoroso da alegria. Soneto de José Ma

Alma livre, elegeste por caminho os prazeres mundanos das quimeras, a porta larga, em louco torvelinho, sorvendo o doce mel das primaveras.   Buscas, hoje, viver em plenitude, mas te alcançam as dores todo dia e te entregas, tíbio, à quietude das orações ao Pai, sem rebeldia.   Resgatas teus enganos nas choupanas pelas leis que burlaste, soberanas e que regem os mundos, amorosas.   E no sal de amargores e de cruzes, em tua alma edificas novas luzes e fulges qual as pedras pre

Nossa alma, renascendo pelas eras ao influxo ancestral dos atavismos sucumbiu aos prazeres como feras nos retendo em teias de egoísmos.   Mas, das almas, o dever é a bravura indomável perante a tentação, guardião solitário que perdura em nossas lutas rumo à perfeição.   Confessa, ao Pai, a tua pequenez e louva-o, orando aos céus, porque te fez para viver nas glórias da verdade.   E desperta feliz ao Seu comando, rendido a Jesus, que manso e brando é o Sublime Pastor da humani

Olho as noites e vejo cintilar, nos céus, a nova estrela peregrina, que regressou à pátria estelar de alma livre, fulgindo cristalina.   Recebido nos palcos siderais sob cânticos e doce sinfonia, abraçou a mãezinha um tanto mais e os amigos saudou com alegria.     O apóstolo do amor, que regressara das hostes de Jesus, iluminara seus dias com a luz da caridade.   E trazia no espírito imortal as marcas da fé viva e jovial, coroando uma vida de humildade. Soneto de José Marcos

Graças te dou, ó mãe abençoada, ponte sobre as escarpas nos abismos, a mansidão da paz nos cataclismos e a esperança na rude caminhada.  ...

Os páramos da luz e da verdade, morada dos Espíritos Perfeitos, são o fulcro da eterna claridade e o laurel de glória dos eleitos.   Comungam, esses anjos luminares, dos desígnios de Deus, nosso Senhor, e governam os mundos estelares sob as Leis de Justiça e de Amor.   Em tudo estão as marcas da harmonia que compõem a sagrada sinfonia que rege, magistral, a criação.   É assim que, do verme à nebulosa, temos a vida em prosa grandiosa, traduzindo, do Pai, a perfeição. Soneto de

O céu de anil brilhava ensolarado e a amizade, qual tesouro cobiçado, rescendia o perfume da alegria... Os corações em vivas esperanças, tomados da pureza das crianças, com fraternal amor nos reunia.   No clarão coruscante das manhãs em perfeita harmonia – almas irmãs – enchiam nosso ágape de emoções... e, no pulsar das horas consumidas, vamos curando, juntos, as feridas, deixando no passado as ilusões.   Tomando nossa cruz abençoada, sigamos nosso Mestre na jornada, como um

Se anseias pela paz na convivência faz da oração sagrada sentinela - a prece angelical divina e bela - na romagem diária da existência.   A cada alvorecer, dobra os joelhos e faz com humildade a tua prece, pela graça de viver, agradece; louvando ao criador, peça conselhos.   Verás, então, teu dia iluminado por mirífica luz, que hás chamado com o preito suave da fé viva.   Deixarás para trás angústia e medo, e uma paz, terna e doce, desde cedo, conduzirá os teus passos pela vi