As migalhas de tempo que dispensas ao sofrido companheiro de jornada são luzes que dissipam trevas densas e consolação à alma desolada.   São raios de esperança e livramento nos vales de tristeza e desatino levando aos corações em sofrimento o sol do amor e o bálsamo divino.   Mas se a lição da dor for lhes flagelo, da Justiça e do Amor – justo libelo – abrace a compaixão por sementeira,   e lograrás a glória merecida de carregar ao longo desta vida a luz da caridade verdadei

Da manjedoura em Belém, à morte em Jerusalém, tal qual previra Isaías! Nimbado de pura luz, triunfa o Cristo da Cruz: ressuscitara o Messias.   O Mestre por seu legado o Amor fê-lo entronado – guardião da humanidade; e este por onde passava a lição que ministrava era serva da Verdade.   Ouvira o Sermão do Monte e, tocado, vira a fonte da linfa que o animara; seus mais leais servidores, vencendo caudais de dores, nos simples os encontrara.   Buscara pelos caminhos, nos carreir

Celebre seu Natal em sintonia com Jesus e se deixe arrebatar revivendo a mensagem de alegria das lições do Evangelho Estelar.   Socorra com amor toda tristeza espargindo o perfume da esperança; e evite que os instintos da avareza lhe roubem a pureza de criança.   Acolha com sublime piedade o sedento que busca a caridade e ameniza a dor com tua luz.   E, assim, será Natal todos os dias, pois viverás imerso em alegrias trabalhando nas hostes de Jesus. Soneto de José Marcos Trad

Vejo o dia alvorecer, e um novo ciclo inicia, tudo é nascer e morrer na mais perfeita harmonia.   A aurora assisto raiar, saio ao jardim a pedir que a fé me possa guiar para só amar e servir.   O Sol a vida permeia de luz, e tudo alumia, tecendo tépida teia, de milagrosa alquimia.   Das flores posso fruir os sutis aromas no ar; mil traços a colorir nossa Colmeia Estelar.   A vida em ciclos se gesta, piam filhotes nos ninhos; canta a natureza em festa, gorjeiam os passarinhos.

If all the mysteries I came to know, and if the gift of prophecy were mine, and by my faith the mountains I could o’erthrow, yet lacking love, I would be naught divine.    Though to the poor my ev’ry good I gave, rejoicing still, in selfless joy to thee, and walked in humble grace to ever save yet without love, no blessing would there be.   For love finds strength in good, and never dies, it bears, believes, forgives, and purifies, nor boasts, but shines in grace like a white

Ó Pai, seja a minha prece o poema da mansidão em versos que são a messe nascida do coração.   A vida tem rumo certo e alto me chama o dever mas, entre a fonte e o deserto, ainda escolho sofrer.   Os olhos tenho perfeitos, mas vivo na escuridão dos erros e desacertos que cegam meu coração.   A estrada de redenção, que está no seu Evangelho, é a rota de salvação na reforma do homem velho.   Se minha fé se apequena, sustém- lhe viva a vontade, socorre aquele que pena levando a c

Vivo na escuridão das noites lúridas, o vagar incerto – a alma perturbada, qual invisível sombra em carnes pútridas na ingente solidão da madrugada.   Sou o espectro de dores que te espera, as mãos trementes – pálidas, incertas, o andarilho sem teto, mansa fera, condoendo-se em chagas reabertas.   Sou teu irmão, que a dor e tristes sinas, lançaram às angústias mais ferinas: à sede, à fome, ao frio; à carestia.   Alma irmã, trago a face do tormento que anseia teu amor por alim

Jesus adentra a Cidade trazendo a luz da verdade sob hosanas de louvor; montado em dócil jumento eternizou o momento na singeleza do amor.   Sabia o Mestre Divino que Lhe aguardava o destino morrer no infame madeiro. Mas o Sublime Enviado daria um Livro Sagrado por nosso Guia e Luzeiro.   O Ungido de Deus, absorto com Pedro e os Boanerges, no Horto ao Pai em silêncio orava. No templo, ardis e perfídias cresciam e acres insídias ao Justo Eleito atacava.   Judas, que O houvera

Mães entoam cantigas-poesias com vozes carregadas de ternura e, sussurrando antigas melodias embalam seus rebentos com doçura.   Seus angélicos cantos irradiam a esperança e a pureza maternais, os acalantos ternos que nos guiam e acalmam com acordes divinais.   São canções entoadas pelas vidas repassadas aos filhos, renascidas como singelos hinos de alegria...   que, sonoras, ecoam no Universo e ressoam o amor em cada verso compondo gloriosa sinfonia. Soneto de José Marcos Tr

Quando nas manhãs o sol nascente faz fulgir a vida em nova aurora, posso ver nas gotículas matinais um arco-íris de auroras boreais enquanto o orvalho se evapora...   A lua cheia que clareia a noite descortina a grandeza deste mundo enfeitado de desertos e de mares singrando os espaços estelares governado por um Deus fecundo...   Mas os dias de fúrias lamacentas e de secas esturricando a terra nua, são presságios de martírios dolorosos, dissonantes acordes tormentosos mostran

Segue-me! Convidou-nos o Messias e da ilusão desperta sem demora, mantém teu coração justo e teus dias preenche com o bem a cada aurora. Conserva-te no amor de Deus imerso e foge da vaidade e falsas glórias, faz que a bondade ecoe no universo vencendo o mal das forças ilusórias.   Segue-me! Ouvi-lhe a voz que ressoava, em acordes sinfônicos de oitava,  as lições que saciam nossa sede.   Foi assim que Jesus nos acolheu e livrou da cegueira um Bartimeu; crede Nele, que é manso,

Quando o sol no crepúsculo esvanece e o breu em estrelário se revela a noite gloriosa transparece nascida dos matizes da aquarela.   No solene avançar da madrugada o brilho de Selene se acentua, e nas sendas da noite prateada silencio e medito à luz da lua.   Então, brota-me cálida emoção modulada nos tons da gratidão e alçados às esferas siderais,   e no descortinar de escuro véu as justas rogativas vão ao céu levadas pelos anjos celestiais. Soneto de José Marcos Trad Out/25

Ó Senhor, vejo o nascer da aurora e na manhã de graças e ventura a luz da fé resplende, sem demora, e sepulta os meus dias de amargura.   Força viva que sempre se renova, qual a trama de cores nas campinas, tem os simples e humildes como prova da pureza das auras celestinas.   Quando sofremos – almas desvalidas – pois do alto coalham dores e feridas somente a fé suplanta nossos medos.   E, ao confrontar a dor, nos parece que ela mais ilumina quem padece como um farol guardand

Recordo-me, ainda hoje, o mar anil, e o Cristo Redentor, em tons de grés, o reflexo do céu azul de abril nas ondas que morriam a meus pés.   Minha alma, ao ver-lhe toda pequenez, contemplava os azuis da imensidão, e o céu, o homem, o mar, um só se fez, integrando-se ao cosmo à perfeição.   Quem o cinzel do tempo conduziu, modelando esta Terra de sutil beleza e transcendentes estesias,   senão Jesus, o Mestre e Rei Solar, o Celeste Arquiteto, a fulgurar a essência das mais bel

Filhos! Ser simples é ter a alma pura, genuína, sem máculas, desperta; domar a face do Eu, ainda escura, com a luz da verdade que liberta.   Por isso, o coração manso carrega os atos de bondade como anelos, tesouros, embalados para entrega nos papéis da humildade, sempre belos.   Recordo-me de vê-los pequeninos, engatinhando, os olhos cristalinos, ingênuos e vivazes – tenras flores!   E, alegre, vejo-os fruto da colheita dos gérmens cultivados em perfeita comunhão com Jesus e

Com finas e orquestrais pontuações busquei cadenciar versos e prosa, usar vírgula, ponto, exclamações, destacados com lápis cor-de-rosa.   Se quero enfatizar – é travessão – deixar imaginar... são reticências, dois pontos: aclarando a posição, ponto final encerra as minudências.   Também as vidas têm os seus sinais, interrogações, pausas, vendavais, enquanto não floresce a consciência.   Busquemos a existência que liberta mantendo o coração feliz e alerta pontuando o viver co

Ó lua deslumbrante que cintila, no ébano salpicado como tela, resplandece na noite e desfila pelo manto estrelado, cinderela.   Donzela que poetas ludibria e banha no luar do seu feitiço, dos homens és a lira que inebria o coração romântico e castiço.    Mas ao ver-te assim tão solitária rodopiando em valsa imaginária, me arrebataste da alma o querer,   e, ouvindo um ciciar de melodia, das notas fiz saudosa poesia, o cântico que ecoa o anoitecer. Soneto de José Marcos Trad Ag

Jesus, eis-nos em súplices clamores a buscar-te na prece comovida ralados de receios e de dores nas estações da prova consentida.   Humildes, te pedimos a coragem dos mártires da fé pura de outrora, amparo, te rogamos, na romagem sombria até o clarão da nova aurora.   Somos reféns das faltas de outras vidas que nos alcançam, justas, renascidas e são da lei, conforme já sabemos.   Guia-nos pelas trevas desses ais, no resgate dos vícios ancestrais e o homem-velho, por fim, nós

Ouve, cariciosa alma, esses hinos entoados aos justos do Senhor: os humildes e simples, pequeninos eleitos do Evangelho redentor.   São súplicas dos céus à compaixão daqueles que socorrem o infeliz, que levam aos culpados o perdão e ensinam a verdade ao aprendiz.   Se queres com os justos comungar cedo afronta a ignorância secular e combate a maldade com fervor.   Segue vivendo os dias desta vida a lenir a alma outrora envilecida e serás o anjo bom e protetor. Soneto de José

Resgata as tuas faltas pelo amor no proscênio das provas que pediste e quitas, sem os juros, com valor as contas egoístas que erigiste.   Oferece, ao Pai, tua alma vencida e procura no Livro Universal decifrar os enigmas desta vida e o roteiro do amor celestial.   Lograrás um refúgio, então, seguro, o caminho da luz e do amor puro que se trilha entre cantos de louvor.   E saberás que as notas entoadas são dos céus partituras inspiradas, belos hinos de glória ao criador. Sonet