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"Via Crucis"

Nov 2

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Jesus adentra a Cidade

trazendo a luz da verdade

sob hosanas de louvor;

montado em dócil jumento

eternizou o momento

na singeleza do amor.

 

Sabia o Mestre Divino

que Lhe aguardava o destino

morrer no infame madeiro.

Mas o Sublime Enviado

daria um Livro Sagrado

por nosso Guia e Luzeiro.

 

O Ungido de Deus, absorto

com Pedro e os Boanerges, no Horto

ao Pai em silêncio orava.

No templo, ardis e perfídias

cresciam e acres insídias

ao Justo Eleito atacava.

 

Judas, que O houvera traído,

por chacais fora iludido

no vil Sinédrio rapace.

Selara a negociata,

trinta moedas de prata,

o beijo dado na face.

 

A caminho do Calvário

Verônica usa um sudário

secando a fronte inocente.

A imagem eternizada

no linho é obra plasmada

do seu martírio inclemente.

 

Sem forças, o Nazareno

 a Cruz entrega, sereno

ao Cirineu condoído.

E um olhar de gratidão

perpassa o bondoso irmão

tendo da turba saído.

 

Erguem o tosco madeiro

e o Cristo se mostra inteiro

em suas chagas atrozes.

Perto das vascas da morte

lançam à túnica sorte

os vis soldados ferozes.

 

O Filho do Homem padece

e a Deus entrega-se em prece,

dizendo: “Está consumado”.

Mas à aurora, ó doce encanto:

viam-se os anjos em canto

ao Cristo Ressuscitado!

Poema de José Marcos Trad
Nov/25

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