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O sublime legado

Nov 29

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Da manjedoura em Belém,

à morte em Jerusalém,

tal qual previra Isaías!

Nimbado de pura luz,

triunfa o Cristo da Cruz:

ressuscitara o Messias.

 

O Mestre por seu legado

o Amor fê-lo entronado –

guardião da humanidade;

e este por onde passava

a lição que ministrava

era serva da Verdade.

 

Ouvira o Sermão do Monte

e, tocado, vira a fonte

da linfa que o animara;

seus mais leais servidores,

vencendo caudais de dores,

nos simples os encontrara.

 

Buscara pelos caminhos,

nos carreiros entre espinhos,

os trânsfugas fatalistas,

que viviam vãs loucuras

e, presos de desventuras,

eram pétreos egoístas.

 

Acolhera os desertores,

os transidos de amargores,

coléricos e vaidosos;

os plebeus e reis tiranos,

com seus ódios inumanos,

tão doentes quão faltosos.

 

Lutara rudes refregas

na solidão das entregas

aos homens endurecidos;

percorrera ásperas milhas

vencendo também as trilhas

dos mártires renascidos.

 

Servindo, vivera o Amor,

com bravura e destemor

a consolar a agonia.

Mas ora em tom pesaroso,

dizia a Jesus, choroso:

seu legado fenecia!

 

Vira Jesus, condoído,

o Amor lutar, destemido

contra as trevas da maldade.

Fez da fé, então, seu luzeiro,

e do Amor o mensageiro

dos anjos da caridade.

Poema de José Marcos Trad
Nov/25

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