Soneto de amor verdadeiro

Queria não te amar e, indiferente,

já não sentir saudades ou tormentos

de haver amado, tão ardentemente,

e ora ver o esfriar dos sentimentos.

Mas eu ainda irei reconquistar

o teu amor, outrora tão candente,

e nossos beijos hão de nos curar

no alvorecer do novo sol nascente.

Serei teu cavaleiro em armaduras,

e, juntos, viveremos as venturas

e a ternura de amar-nos, puramente...

Contigo andarei por onde queiras,

apenas para estar entre as fileiras

dos que te amam, assim, perdidamente...

Soneto de José Marcos Trad
Nov/24