Luz de poesia
Deus concedeu às mães toda a doçura,
e os angelicais traços de ternura,
em concerto ao amor, eternizado.
Mas tornou à lida e à forma o Arquiteto,
na busca de um modelo tão completo,
e concebeu um ser inusitado.
Tomando da bravura e da coragem,
do zelo protetor, a justa imagem,
sopra vida no novo ser criado.
Nasceu o Pai, um bruto enternecido,
o guardião amigo e destemido
para sempre lutar ao nosso lado.
É o herói aguerrido e providente,
a salvaguarda e um anjo diligente:
às almas suplicantes de cuidados.
É âncora segura na procela,
a corajosa e firme sentinela
nos instantes amargos e arriscados.
É o partir, de manhã, ao sol nascer,
e o voltar, vendo o dia escurecer,
na busca pelo pão e o agasalho;
é a saudade longe da família,
são as noites passadas em vigília,
e as incansáveis horas de trabalho.
É ser exemplo em nobre sacrifício,
e educar o caráter mais difícil,
amando com desvelo e acalanto.
Nas vitórias, chegadas e partidas,
é o choro de emoção às escondidas
e o amparo divino em todo canto.








