top of page

Dias Gloriosos

Sep 9, 2024

2 min read

15

238

1

Amigo e Mestre bondoso,

fez-se verbo glorioso

e deu voz às profecias;

desde há muito anunciado,

veio trazer seu reinado

amoroso aos nossos dias.

 

A Galileia formosa

foi a porta generosa

do seu Evangelho-amor;

que nos guarda do egoísmo

e nos resgata do abismo

das aflições e da dor.

 

Revelou ser o Messias

lendo o texto de Isaías

na humílima Nazaré;

e nessa hora se cumpria

que nosso modelo e guia

era Jesus, Bar-José!

 

Dentre os mansos do lugar,

nos humildes foi buscar

seus discípulos amados;

simples homens valorosos,

de corações jubilosos

e destemor comprovados.

 

Discutia com os doutores

os mistérios e os valores

das mensagens da Torá;

amando, a todos falava,

e a verdade que ensinava

o mundo renovará.

 

As multidões se achegavam

e, lacrimosas, rogavam

seu amparo e proteção;

mas, com firmeza e doçura,

se lhes facultava a cura,

cobrava a renovação.

 

Os curados eram tantos

que atraíram homens santos

e doentes andrajosos;

todos eram alertados:

as doenças são recados

da Lei Divina aos faltosos!

 

À mulher Samaritana,

sem preconceito, se irmana

e lhe revela o saber;

diz-lhe ter a água da vida

e docemente a convida

para com ele beber.

 

Certa feita, ao fim do dia,

encontrou-se com Maria,

bela dama da cidade;

com amor, aconselhada,

renegou a vã jornada

dando os bens à caridade.

 

A lição da Boa Nova

é verdade que renova

as mentes e corações;

dos coxos, surdos e mudos,

epiléticos desnudos,

escravos de expiações.

 

Das parábolas fez poemas

cujos versos são os temas

da nossa vida imortal;

são mensagens sempiternas,

que dimanam, sempre ternas,

do Evangelho Universal.

 

Por libelo viciado,

à cruz tosca foi atado,

e negado por amigos;

ainda preso ao madeiro,

atraiu o mundo inteiro,

perdoando os inimigos.

 

Descem seu corpo da cruz

e amigos banham Jesus,

em solução perfumada;

temendo a ressurreição,

pede, o Sinédrio, plantão

da guarda à tumba cerrada.

 

Nasce, logo, o novo dia,

e a alvorada vê Maria,

a convertida, na estrada;

adianta-se com unguentos

para finais tratamentos

ao corpo à rocha escavada.

 

Vendo a pedra removida,

e o Cristo pleno e em vida,

corre contar seus achados;

recebida com frieza

cala-se vendo a rudeza

dos companheiros amados.

 

Por que a ti surgiria?

Não à sua Mãe Maria,

ou a João, o mais amado?

Há, sempre, os homens-pigmeus,

questionando a Luz de Deus

no devoto iluminado!

 

Ficou com eles por dias,

em júbilos e alegrias,

lembrando os planos traçados;

e à hora própria partiu

deixando imenso vazio,

mas corações renovados.

 

Já se foram dois mil anos,

de provações e de enganos,

em busca de redenção;

sem amor, tudo é tormento,

dores, tristeza e lamento,

neste mundo de ilusão.





Sep 9, 2024

2 min read

15

238

1

Related Posts

Comments

Share Your ThoughtsBe the first to write a comment.

Deseja receber as novidades quando publicadas?

bottom of page