Luz de poesia
Fazendo a grande jornada
nos palcos da evolução,
estamos na caminhada
em busca de redenção.
Já fomos o Moço Rico,
que a Jesus balbuciou:
Mestre, contigo não fico!
O circo me chama e eu vou!
Já fomos tal qual Hanã,
escárnio, ódio e veneno,
julgando palavra vã
o Reino do Nazareno.
Já fomos como Pilatos
e, em trevas de rebeldia,
urdimos sinistros tratos
de egoísmo e covardia.
Já fomos vis combatentes
e o Mestre atamos à cruz,
ecoando imprevidentes:
Barrabás! Cruz a Jesus!
Já fomos o filho pródigo
das sendas da ingratidão,
socorridos pelo código
amoroso do perdão.
Já fomos estropiados,
aqui e no mais além;
os corpos destrambelhados
e de almas doentes também.
Nos tempos que já se vão
velados pela memória,
a mágoa do nosso irmão
foi o ágio da nossa glória.
Mas Deus, em tudo bondade,
justiça e misericórdia,
chamou-nos por caridade
à lavoura da concórdia.
Assim, alegre, caminha
tendo o Evangelho por Luz!
Somos os Servos da Vinha
do amado Mestre Jesus!
Poema de José Marcos Trad - Jan/24







