Luz de poesia
Nos tempos esquecidos nas auroras,
buscou Jesus, no Pai, a luz das horas
para trazer à vida novos mundos.
Tomou nas nebulosas divinais
os puros elementos virginais
e os princípios latentes e fecundos.
Do plasma abrasador, o Rei Solar,
fez o sol, os planetas e o luar
a soldo do Maestro do Infinito.
No efervescer da lava derretida,
forjou o natural berço da vida;
do ser imortal, fez o lar bendito.
Feito o ninho, desperta o novo ser,
que, latente, começa a florescer,
e a vida estua após a longa espera.
No pulsar de perpétuo movimento,
cada ser vai gestando seu momento,
dia a dia, mais anjo e menos fera.
Progredir é da lei e, trabalhando,
vão-se os dias e noites se alternando,
sombra e luz em balé sincronizado;
onde a vida transcende pelas eras,
estagia no reino das moneras
na eterna evolução do ser criado.
No mundo triunfante de beleza,
sinto Deus no pulsar da natureza,
do zênite ao nadir; em tudo habitas.
No sol da manhã, quando tudo brilha,
na flor do rocio que perfuma a trilha,
em tramas de grandezas infinitas.
Tudo é harmoniosa perfeição!
A Lei de Amor conduz nossa ascensão
à eterna comunhão celestial.
Destinados a um dia sermos anjos,
evoluímos de átomos a arcanjos
para a glória do espírito imortal.
Poema de José Marcos Trad
Jul/24







