A sinfonia da natureza

Quando nas manhãs o sol nascente

faz fulgir a vida em nova aurora,

posso ver nas gotículas matinais

um arco-íris de auroras boreais

enquanto o orvalho se evapora...

A lua cheia que clareia a noite

descortina a grandeza deste mundo

enfeitado de desertos e de mares

singrando os espaços estelares

governado por um Deus fecundo...

Mas os dias de fúrias lamacentas

e de secas esturricando a terra nua,

são presságios de martírios dolorosos,

dissonantes acordes tormentosos

mostrando-nos a verdade crua...

É assim que as rudes intempéries

expressam o saber da natureza,

restaurando as harmonias virginais

 devolvendo as belezas ancestrais

à sua primitiva e original pureza...

E quando o sol doura o poente

e, findo o dia, a noite se engrandece,

me invade a alma imensa gratidão

ao ver na natureza a perfeição

de Deus e a humanidade em prece!

Poema de José Marcos Trad
Abr/25